Saúde: De esporte a acidente doméstico, fratura na costela é lesão comum

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Em grande parte dos casos, a recomposição ocorre espontaneamente, explica especialista da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico

Fraturas de costelas são lesões comuns, quase sempre causadas por trauma por forças contusas e quedas. Na última semana, a cantora Paula Toller sofreu uma queda em sua casa e, ao realizar uma tomografia, descobriu que tinha fraturado três costelas. No mês passado, o jogador profissional do São Paulo, Gabriel Neves, também teve uma fratura na região, durante um jogo. O atleta ainda não está liberado para treinos que exijam contato físico.

As fraturas de costela ocorrem quando um dos ossos da caixa torácica trinca e são, na grande maioria dos casos, simples, não causando grandes desvios e nem maiores repercussões. A recomposição das costelas quebradas ocorre espontaneamente, em poucas semanas após o trauma. “Como as costelas fazem parte da composição do tórax, a imobilização eficiente não pode ser obtida sem atrapalhar a expansão da caixa torácica durante a inspiração. Além disso, existe nervo próximo à casa arco costal, o que faz desta região muito sensível a dor em decorrência da fratura”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA), José Octavio Soares Hungria.

Ainda de acordo com o especialista, “eventualmente podemos utilizar de cintas elásticas, mas elas não mobilizam propriamente, o máximo que elas causam é uma pressão que ajuda a melhorar um pouco a dor, mas o tempo por si resolve essa fratura”. “O tempo de consolidação dura em torno de 6 a 8 semanas, e a dor vai melhorando progressivamente. Normalmente, após um mês, a dor está bem melhor e o paciente vai se recuperar em torno de 2 a 3 meses”, completa.

A fratura na costela traz dor aguda em situações como respirar fundo, tossir ou rir. O diagnóstico através virá através de exames radiográficos ou por toque na região da costela, para identificação de partes sensíveis ou hematomas. “Em casos de fratura de diversas costelas, os pacientes podem ser acometidos com o quadro de pneumotórax, que é quando a fratura acaba perfurando o pulmão, trazendo a presença de ar entre as duas camadas da pleura (membrana fina, transparente, de duas camadas que reveste os pulmões e o interior da parede torácica)”, pontua.

Fatores de risco

Existem alguns fatores de risco que favorecem a ocorrência de fraturas na costela. A osteoporose, por exemplo – doença que afeta especialmente as mulheres após a menopausa e que se caracteriza pela perda de massa óssea, deixa o esqueleto mais poroso e, assim, aumenta o risco de fraturas.

Outro ponto é a idade. Pessoas acima dos 65 anos costumam possuir estrutura óssea e muscular mais delicada, o que as torna mais vulneráveis a quedas e fraturas ósseas.

“Na suspeita de uma fratura de costela, um especialista deve ser rapidamente procurado, uma vez que é importante a confirmação diagnóstica para que se faça o tratamento adequado, além do que, a lesão pode ser o primeiro sinal de que algo não está bem e, ainda, ter ocorrido lesão de algum outro órgão”, conclui.

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